ao

26.4.10

O primeiro tomate

Uma satisfação, porém, na volta pra casa (além do colchão e dos lençóis de 1000000000 fios, claaaro): um tomate micro verdinho fofoooo nasceu no pezinho. Adoooro!

Improdutiva

Tem gente que diz que quando fica triste produz mais. Sai batendo bolo, arrumando armário, se joga no trabalho.
Eu não; fico imprestável. Não sei cozinhar, meu trabalho é chato... quanto a arrumar armário, acho que nem preciso comentar.
Desconcentração total nessa volta das férias. Será que volto a pensar e a esperar? Por enquanto só estou na fase do jejuar. Fome zero de sei lá o quê.

A verdade é que não adianta nada querer se convencer de que se é alguma coisa. Você tem que ser (ou não ser?). Porque quando se tenta ser o que não se é, dá merda.
Simplesmente.

18.3.10

Por que vacas?

Sorria! (:

Primeiro foi uma amiga dizendo que não entende essas vacas desfilando enfeitadas por São Paulo. Aí veio o artista X, que colocou o touro Bandido montado sobre algumas delas, com o argumento de que o touro é um símbolo muito mais nacional do que a vaca, em especial esse touro que nunca se deixou montar nos rodeios, portanto é, supostamente digamos assim, muito macho. Ele prosseguia alegando não crer que as obras de arte pintadas sobre vacas e espalhadas pelas ruas da cidade necessariamente aproximem as pessoas da "Arte".
Eu pergunto: por que não? Ou citando uma pessoa muito inteligente: por que se está pintado sobre uma tela esticada é Arte e sobre uma vaca, não? Se uma vaca já é uma obra de arte da natureza!
Para mim esse cara do touro só quis aparecer em cima das vacas, literalmente. Será que ele não foi aceito na seleção de artistas que queriam pintar uma das vacas e resolveu se vingar?
Vingança, tudo a ver com a mentalidade masculina, de rodeios, de curra, violência; belo símbolo nacional!
Muito obrigada, mas não. Prefiro as vacas. Que a meu ver simbolizam o feminino, a generosidade dela que é a mãe de todos nós, a Terra. A natureza. E não devemos confundir essa generosidade com passividade, como fez o artista. Por que a vaca nos dá o leite, e ainda somos tão abusados que lhe roubamos a carne, o couro, o tutano, tudo. E ela ali, sem reagir com violência, feito o touro: passiva ou pacífica?
Mas essa é só a minha opinião. (E, pensando bem, acho que o touro simboliza melhor muitos de nós mesmo.)
Eu me animei a escrever aqui sobre a Cow Parade porque entrei no site da Tok Stok para ver os produtos relacionados a elas que estão vendendo por lá, e no meio do texto, a pergunta em negrito: Por que vacas?
E gostei da explicação, que reproduzo a seguir, mas que resumindo seria: porque elas nos fazem sorrir.

"A vaca tem diversas representações ao redor do mundo: é sagrada, é histórica, mas o sentimento comum é de carinho. Ela faz todos sorrirem. Esta foi a idéia do artista suíço Pascal Knapp quando criou, em 1998, esculturas em formato de vaca com a intenção de provocar risos. Desde então, já foram criadas 4.400 vacas em todo o mundo.
Servindo como uma tela de arte, não existe nenhum outro animal que possua a forma, flexibilidade e amplitude de uma vaca. As três formas (de pé, pastando, repousando) fornecem aos artistas ângulos e curvas para criarem obras de arte únicas, e transformá-las em outros animais, pessoas ou objetos."

28.2.10

Home Alone - ou Saldo do fim de semana sozinha em casa

- Muitas "fake pizzinhas" com pão integral, tomate, e orégano e manjericão da horrrta (meu pé de tomate ainda é bebê e não deu nenhum)

- Algumas colheradas de Häagen Dazs de morango (o que é aquilo? :p)

- Amêndoas torradas, já que li que elas abaixam o colesterol (pra compensar o sorvete!)

- Duas comédias românticas beeem bobinhas

- Meia garrafa de vinho

- Café para animar pro trabalho

- Muuuito trabalho

- Laptop na assistência técnica ):

- Bolo da festa de sábado

- Vá-rias bolhas nos pés da festa de sábado

- Telefonemas pra matar a saudade

22.2.10

Muffin de banana integral

Ganhei umas bananinhas ouro, dessas que a gente compra de penca na estrada, beem maduras, ou seja, precisava usar imediatamente.
Peguei uma receita de muffin integral na Internet e resolvi botar a mão na massa. Ficaram gostosos, vejam a receita adaptada por mim com o que eu tinha em casa:

Ingredientes secos

2 xíc de farinha integral
1/2 xícara de farinha branca
3/4 de xícara de açúcar mascavo
1/4 de xícara de açúcar branco
1/2 colher de chá de mistura pra tchai
1/2 colher de chá de canela em pó
Nozes e/ou uvas-passas a gosto
2 colheres de chá de fermento
1/2 colher de chá de bicarbonato

Misture todos esses ingredientes (menos o fermento e o bicarbonato) em uma vasilha; eu gosto de peneirar os pós, tenho a impressão de que dá mais leveza à massa, mas pode ser só impressão.

Ingredientes úmidos

2 bananas amassadas e uma em cubos (usei 12 bananas porque a ouro é bem miúda; dessas, 2 em cubos, mas dava para ter colocado mais banana em cubinho pois ficam uma delícia os pedacinhos no meio da massa)
1 ovo
10 gotas de essência de baunilha
1 copo de iogurte
4 colheres de sopa de óleo (usei o de canola; pode ser tb manteiga derretida)

Misture tudo e depois acrescente a mistura aos secos na vasilha, misturando bem. Por último, misture o bicarbonato e o fermento à massa. Disponha em forminhas redondas e leve ao forno em 180 graus por 20 a 30 minutos. Os meus levaram 30 mesmo.

Olha que fofinhos (com um cafezinho, ficam perfeitos)!



3.2.10

Não vou!

Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia
Eu não encho mais a casa de alegria
Os anos se passaram enquanto eu dormia
E quem eu queria bem me esquecia

Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar...
Não vou me adaptar!

Eu não tenho mais a cara que eu tinha
No espelho essa cara já não é minha
É que quando eu me toquei achei tão estranho
A minha barba estava deste tamanho

Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, não vou me adaptar!
Não vou me adaptar!

(Nando Reis)

22.1.10

Pão de linhaça integral

Uma nova receita de pão bem-sucedida. Esse ficou um pouco mais seco, mas tá gostoso e, o que é melhor, bem saudável com a inclusão da farinha de linhaça, rica em fibras e ômega-3.

Pão de linhaça

1 xícara (cup) de água morna
1 e 1/2 colher de sopa de margarina culinária
1 e 1/2 colher de chá de sal
1/4 de xícara de açúcar mascavo
1 e 1/2 xícara de farinha branca
1 xícara de farinha integral
1/2 xícara de farinha de linhaça
1 e 1/2 colher de fermento biológico instantâneo

O que eu fiz, mais uma vez, foi misturar as farinhas com o fermento em uma tigela à parte, peneirando.
Depois coloquei os ingredientes um a um, na ordem acima, dentro da forma, por último a mistura. Liguei no modo massa e deixei rolar (tempo de 1h30m).
Ao término, deitei a massa sobre um pano de prato limpo e deixei ali enrolada no pano por meia hora.
Em seguida, com a mão enfarinhada, fui moldando as bolas e dispus sobre uma forma untada. Cobri com o pano e deixei no forno crescendo. Foi o tempo da bolinha de massa subir no copo d'água, os pães já estavam bem maiores. Assei por cerca de meia hora em forno de 180 graus.
O legal de moldar em forma de bolinhas é que dá pra fazer um sanduba com o pão ou ir fatiando a bola para comer com manteiga ou geleia, ou mel, ou Nutella (hmmmm). É um formato bem prático e como não tenho forma de bolo inglês, acabei me adaptando a ele. Mas quem preferir comer fatiado igual pão de forma pode usar a forma que deve ficar bom também.

21.1.10

Shine

Ontem aluguei esse filme já antigo, mas que me não tem como não te fazer pensar. Bom, primeiro eu fiquei bem irritada assistindo e quase desisti.
Quem já viu, deve se lembrar do motivo: o pai dominador e autoritário (e pirado!) do protagonista, o pianista australiano David Helfgott, que desde criança demonstra um talento prodigioso ao piano.
O filme ilustra bem como eram as famílias antigamente, coisa que hoje em dia já não se vê muito (algumas coisas evoluem!); aquele pai centralizador, a quem todos obedecem cegamente, uma mãe omissa e filhos submissos por acreditarem que aquilo é o certo, que o pai é um herói acima de qualquer suspeita.
Sendo que o pai nesse caso, como em tantos, não passava de um coitado, frustrado em suas pretensões musicais pelo seu próprio pai, que quebrou o violino que ele se esforçou para comprar quando jovem. Constelação familiar total; as gerações vão-se imitando, repetindo os erros década após década, é incrível observar como isso realmente acontece.
E como quebrar esses padrões? Haja terapia... haja coragem. Não sei qual a resposta, qual a fórmula da felicidade.
No caso de David, a influência paterna transformou sua vida do começo ao fim, ele, um artista, uma alma sensível, simplesmente não aguentava a pressão, e foi-se dobrando como um bambu ao vento, até quebrar. Na vida adulta, conseguiu se recuperar um pouco, graças à ajuda de amigos, de pessoas de fora da família, que o acolheram ao longo dos anos, em especial a mulher com quem acabou se casando. Mas as marcas do abuso psicológico foram violentas, tal como o próprio abuso.
E é sempre assim; as marcas ficam, muitas vezes cicatrizes profundas, as semelhanças vêm à tona sem nem mesmo percebermos. É difícil superar, contornar essas marcas familiares. É uma luta constante, diária até.
É uma obrigação de ser feliz com nossas escolhas, o que também não deixa de ser pressão; os filhos muitas vezes acabam vivendo à sombra dos pais, da família, seja aceitando as semelhanças com eles, seja negando radicalmente. Porque a rebeldia também pode ser uma forma de submissão. Mas o fato de pelo menos tentarmos fazer escolhas próprias acho que já pode ser um começo. Digamos que é melhor do que nada. Melhor do que seguir tocando a mesma música vida afora para agradar ao pai ou a quem quer que seja.